O velho polo.
Dos carros que já tive, foi o mais especial, apesar de não ter sido o primeiro. Andava que se fartava, era giraço, e apareceu-me numa altura de afirmação pessoal, numa altura de afirmação de independência e de corte com o passado, de tal maneira que hoje, quando dei com o meu velho Polo 16V, 100 Cv...foi emocionante. Era o meu velhinho Polo que ali estava, estacionado na Rua Castilho. Verifiquei a matricula. Lá estava ele, tantos anos depois. Lembrei-me de quando um dia a policia me foi acordar, na minha casa em S.Marcos, na última noite em que lá dormi (a casa já estava vazia e tudo) para eu descer á rua e ver o carro pousado no alcatrão, sem as quatro rodas, roubadas durante uma noite de nevoeiro...Com as rodas também voaram 30 bilhetes para os Silence 4 no Pav. Atlântico, que eram de um passatempo da rádio e que estavam no porta luvas. Lá tive de pedir mais 30 ao promotor, que ao principio pensou que eu teria dado os bilhetes aos amigos! Mas não. Tinham sido roubados, no dia em que alguém assaltou o meu Polo e levou, além dos bilhetes, as rodas de recordação, com as reluzentes jantes BBS... Adorei esse carro. E hoje quando o voltei a ver pareceu-me bem, não me pareceu velho! Está ali, para as curvas. Um espectáculo!
21 Comments:
Isso é o k se chama dar valor ás coisas!
Porquê?
Porque possivelmente não o recebeste de "mão beijada"
Abraço
Já me aconteceu ver por duas vezes o meu primeiro carro...
Um Corsa Bordeaux! O mesmo que levei a uma das idas ai HQMC na Comercial :-)
P.S.:á mal só os users do Blogger poderem comentar
Ora aí está um prazer que eu nunca tive, não sei porquê. O que eu gostava de voltar a ver o meu Renault 5, que também tirou a licenciatura em Filosofia, estava sempre a queimar a junta da cabeça do motor mas que nunca deixou de andar! ;-)
Obrigado Pedro, vou dormir muito bem esta noite !!!
É que eu ainda moro em São Marcos !!!
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A isso eu chamo amor pelo carro. Eu tenho um Renault 19 de 1991 e adoro aquele carro. Já está na família desde 1993 e vou sentir muito a falta dele. É do meu pai mas sou eu que ando com ele.
A propósito disso, e só para verem o amor que tenho por ele, fiz-lhe um post quando ele fez 15 anos. Visitem o meu blog e lá vão ao arquivo de Maio e leiam o post chamado "15 anos de carro"
O que eu gostava de ver aquele Renault Clio branco - frigorífico, como alguns lhe chamavam. Esse sim foi o MEU carro, os outros têm sido o meu meio de transporte. Por onde andará a minha caixinha? A matrícula era CX. A visita às gravuras rupestres de Castelho Melhor (mesmo ao lado das de Foz Côa que estavam fechadas ao público) foi a sua maior aventura e portou-se bravamente. Que saudades!!!!
Compreendo o amor aos primeiros carros...
Ainda mantenho o meu: é um Mini azul claro de 1965 que era do meu avô! Quando ando com ele brotam saudades.
A seguir foi um Polo exactamente igual ao teu (excepto matrícula, claro está): nunca me deu problemas!
Ficam sempre boas lembranças...
Bjufas
Tb sinto algo especial quando reencontro o meu Seat Ibiza, que eu por cansaço quase enviei para a sucata, e a quem um mecânico depois resolveu voltar a dar vida, ficando com ele e reparando os inúmeros estragos que um dia de irresponsabilidade lhe causou.
Tb tive um Polinho desses. Acho que foi para Monsaraz, e nunca mais o vi desde que o vendi, já lá vão 4 anos.
Deve ser giro rever o "pópó" :)
Mas não é assim tão velhinho pois não? Eu tenho um e é de 2000! (ano em que saiu, penso que é o mesmo modelo).
É um espetáculo, tens razão, nunca me deixou ficar mal.
bjs
Que saudades do meu fiat 600!!! Já lá vão 17 anitos!
Penso que não haverá carro melhor para te ter ensinado a arte de andar "devagarinho"...! Os primeiros carros são sempre marcantes, o primeiro também não me esquecerei, o orgulho de mesmo tendo um "boguinhas" de o mostrares, e dizeres é Meu!
Dos dois me lembro desse orgulho.
beijo da mana
Como te compreendo. O meu Uno 45S, branquinho, que foi meu já em sétima mão, ainda me dá umas saudades... E também o vi há tempos, perto de casa, na mão dum senhor muito grande. Mas o meu carrinho, esse sim, foi Grande. No Inverno acordava tarde, uma vez caiu a panela de escape a meio do caminho, o alarme teimava em não se calar durante a noite... Mas era o MEU carrinho! =)
Deve ter sido do best.
Nem quero calcular a frustração.
Tudo o que é roubos de carros é comigo. Já perdi um que nunca mais o vi (um Lancia Y10) e o que tenho hoje tambem ja desapareceu uma semana e tive "Muito Medo" (como tu costumas dizer) que não aparecesse mais!
mas ele voltou e eu fiquei mta contenti!!! enfim...
Mas eu compreendo o sorriso que transmites neste post.
beijos
Ena! Gosto destes felizes acasos. Espero que nunca me tirem as rodas ao meu bóguinhas (semi)novo que fui buscar hoje (ai como é lindo o meu Mercedes classe A).
abraço
Que giro :D Eu nunca mais vi os meus antigos carros, e tenho bastante pena, tambem um deles foi para os açores, só o tive 2 semanas ahahahah(não sou vendedora de carros, mas foi um bom negocio)....
Apesar do meu comentário não ter nada a ver com este post deixo aqui por ser o ultimo post do nosso amigo Pedro Ribeiro
A TVCabo ta a oferecer em passatempo uma viagem a Hollywood entre outros prémios, participem :
http://www.desafiocanaislusomundo.com/?t=midet@netcabo.pt
só por causa disso já valeu a pena mais um dia...
Mas essa das quatro rodas e dos 30 bilhetes deve-te ter ficado na garganta, na hora... mas agora vale a pena recordar não é?
têm razão quando dizem que o carro do homem é o seu espelho e define a sua personalidade...(embora por vezes eu não acredite) ehehe
jokas**
Primeiro que tudo, um grande abraço ao enorme Senhor Pedro Ribeiro. Parabéns pelo blog de excelente qualidade e parabéns por toda a sua carreira. É, sem qualquer sombra de dúvidas, um senhor!
Falando do post, eu quer-me parecer que quando já não andar ao volante do meu renault clio de 93 vou sentir muitas saudades. Afinal de contas, foi atrás daquele para-brisas que me lancei sozinho, pela primeira vez, nessa selva que é o trânsito citadino.Penso que o primeiro carro deixa sempre a sua marca em qualquer pessoa.
Grande abraço!
Agora fizeste-me recordar a minha velha VW Brasília verde, que depois de vendida ainda vi algumas vezes em Vendas Novas...
As "coisas" que eu fiz naquele banco de trás. As marcas que eu fiz no tablier a contar o números de meninas que consegui "apanhar" no banco de trás (ao estilo das marcas que faziam os aviões na 2ª guerra mundial a contar os alvos abatidos). Meu Deus, agora fiquei nostálgico. Abraço
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